terça-feira, 18 de agosto de 2009


Todos os dias, antes mesmo de acordar, é involutariamente acordado pelo frio que o faz se encolher na cama tal qual um caracol. É tudo mecânico. Levantar, fazer parar o frio e voltar ao que lhe resta de noite de sono. Não quer ouvir o barulho do despertador daqui a uma (algumas) horas, mas tem preguiça de saber que horas o relógio marca. Talvez porque não consiga enxergar o horário que quiser, ou porque isso pode atrapalhar ainda mais sua noite mal dormida. Preguiça. Sono. Preguiça. Preguiça. Amanheceu e todos já estão prontos pra sair. Arruma daqui, come dali, gritaria, correria e, VAPT! Todos se foram. Rodeia a casa (talvez pra despertar), olha o céu (que hoje está de um azul de colocar sorriso em qualquer um). Olha em todos os cômodos pra se certificar de que está sozinho em casa. Não queria isso. Queria poder acordar e olhar para alguém e dizer "Bom dia! Obrigado por fazer parte do meu dia!". Não, também não queria isso. Todos os dias levanta com um mal humor tenebroso. Questão de minutos. É o tempo de perceber quão sortudo é. É o tempo de dar "Bom dia" junto com a música. Um dia vai entregar as flores pra alguém. Vai dizer, no raiar do dia, a importância dela na sua vida, e vai acordá-la com beijos e carinhos intermináveis, com chamegos. Porque foi assim que ele sonhou. Porque os sonhos já se misturam e ele acorda dizendo "Te amo". Faz o frio parar e volta a dormir.

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