domingo, 30 de agosto de 2009


"Bom dia, Flor do dia!". Acordou a ela com beijos suaves, mexia no seu cabelo e aninhava-se seu corpo ao dela. Trazia consigo um buquê de lírios e uma bandeja com um pequeno banquete. Entre os suaves beijos com os quais a acordava, cantava baixinho "Vivia a te buscar...". Ela acordou. Retibuiu-lhe o sorriso, puxou-lhe os braços e os colocou ao redor do corpo, queria calor. Pegou os lírios, sentiu o gosto delicioso das flores. Beijou-lhe a mão. Entre um beijo e uma carícia, podia escutar àquela voz tranquila e inconfundível que dizia - e ela repetia - "...E ajeitava o meu caminho pra encostar no teu". Foi interrompida por algo que entendeu por um "Eu te amo!". Ficou vermelha e pôs a metade de um morango na boca, oferecendo a outra metade (sua boca) a ele. Sussurros quase inaudíveis invadiam-na. O barulho aumentava. Ficava insuportável. O despertador tocou.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009


Perguntaram se estou feliz. Não deu pra responder, hesitando, gaguejei ''sim''. Tenho certeza da felicidade, as fases são incertas, imprevisíveis. Por quê não fui firme ao afirmar isso, não sei. Não sei de várias coisas, não sei de nada. Fico eternamente em busca das respostas. Talvez não esteja procurando da forma correta, ou no lugar ideal. Os pensamentos me traem, pegam desprevinido e indefeso. É como um turbilhão. Mas tem intesidade duplicada, triplicada, quadruplicada. Tentar expressá-los em palavras é a única forma que acalma e alivia. Não importa a beleza. Isso apenas deixa melhor.

colaboração: Thaís Pimentel

quarta-feira, 26 de agosto de 2009



Abstenho-me de todos os meus medos
Entrego-me com paixão
Porque sou um louco
Sinônimo de
Apaixonado

Apaixonado, porque
Tenho a companhia
D'Aquela
Pessoa que faz minhas pernas tremerem
Faz meu coração acelerar

Abstenho-me
De você
E tudo muda
Tudo fica
Estranho
Diferente

Saudade,
Dela eu quero distância
Mas não quero
Distância
Motivo de saudade



segunda-feira, 24 de agosto de 2009


Quando era criança ele cansou de ver lágrimas correndo pelo rosto de pessoas as quais ele achava que não choravam. Não deveriam chorar. Não, porque eram pessoas de riso fácil, de brincadeiras intermináveis, de alegria contagiante. Ele desejava ser a solução das lágrimas e dos soluços de todas elas. Queria que o seu abraço, o seu sorriso e o seu beijo pudesse curar todas as feridas e acabar com aquilo. Mas o tempo o fez ver que não era tão simples assim. A realidade se mostrou de forma simples (indesejada) e prática (dolorida), e fugir dela - ele sabia - não melhoraria nada. Sob o seu lençol ele desejava que os teus beijos, os teus sorrisos e os teus abraços o aliviassem. Por que chorava?

sábado, 22 de agosto de 2009


Naquela manhã cinzenta e pouco convidativa, ele fez tudo o que precisava. Todas as atividades normais, como se fosse um dia normal. Mas uma coisa continuava no seu pensamento. Não, várias coisas continuavam no seu pensamento. Aliás, ele não parava de pensar um só minuto, um momento de relaxamento sequer. Não conseguia deixar de pensar no seu amor que estava longe, consequentemente, pensava na saudade e na distância. Não parava de pensar nas provas e testes (de todos os gêneros possíveis) que iria ter de enfrentar em pouco tempo. Também pensava na sua saúde (que não era das melhores, e que tinha de ser mantida com ajuda de alguns placebos - ou não). Pensava nos seus amigos. Pensava na sua família. Sua família de amigos e seus amigos-família. Em pouco tempo, iria estar com muitos deles, confundindo-se uns aos outros. Mas ele pensava no seu amor.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009


Me acalma
Me conforta
Me anima
Me completa

Te alegro
Te admiro
Te escolho
Te carrego

Amemo-nos
Sejamos felizes
Dispensemos o dispensável
Acolhamos o necessário

Que hoje
Seja o amanhã
E
O ontem
Seja o hoje

Sejamos felizes



terça-feira, 18 de agosto de 2009


Todos os dias, antes mesmo de acordar, é involutariamente acordado pelo frio que o faz se encolher na cama tal qual um caracol. É tudo mecânico. Levantar, fazer parar o frio e voltar ao que lhe resta de noite de sono. Não quer ouvir o barulho do despertador daqui a uma (algumas) horas, mas tem preguiça de saber que horas o relógio marca. Talvez porque não consiga enxergar o horário que quiser, ou porque isso pode atrapalhar ainda mais sua noite mal dormida. Preguiça. Sono. Preguiça. Preguiça. Amanheceu e todos já estão prontos pra sair. Arruma daqui, come dali, gritaria, correria e, VAPT! Todos se foram. Rodeia a casa (talvez pra despertar), olha o céu (que hoje está de um azul de colocar sorriso em qualquer um). Olha em todos os cômodos pra se certificar de que está sozinho em casa. Não queria isso. Queria poder acordar e olhar para alguém e dizer "Bom dia! Obrigado por fazer parte do meu dia!". Não, também não queria isso. Todos os dias levanta com um mal humor tenebroso. Questão de minutos. É o tempo de perceber quão sortudo é. É o tempo de dar "Bom dia" junto com a música. Um dia vai entregar as flores pra alguém. Vai dizer, no raiar do dia, a importância dela na sua vida, e vai acordá-la com beijos e carinhos intermináveis, com chamegos. Porque foi assim que ele sonhou. Porque os sonhos já se misturam e ele acorda dizendo "Te amo". Faz o frio parar e volta a dormir.

domingo, 16 de agosto de 2009


De alegria à tristeza eu vou de um pulo. Não, de um passo. Não, eu vou. Eu vou e não levo ninguém. Pelo menos não tenho a intenção de fazer isso. Quem vem comigo, deduzo que sejam as pessoas que realmente se importam comigo. E, se estão comigo na tristeza, com certeza querem sair dela, consequentemente, me levando junto, porque o sentimento em relação à essas pessoas é mais do que recíproco. Posso causar medo, assustar, parecer estranho, o escambal, mas é o meu jeito. Eu não pedi pra ser assim, não culpo ninguém por ser assim. Eu tento mudar. Tento mudar. Eu vou mudar. Mas, como todo ser humano clichê, aprendo com os meus erros. Aprendo com tudo que dá errado e tudo que dá certo, porque já dizia...enfim, já dizia em algum canto "de tudo na vida dá pra tirar algo de bom". Se, de tudo na vida dá pra tirar algo de bom, todos os dias minha vida se enche de coisas boas. Por que reclamar? Por que se encher de tristeza e mágoa e tudo o que é ruim, se eu sempre estou coisas boas na vida? Da tristeza à alegria eu vou mais rápido do que o pensamento, e te carrego junto. E dela não quero me perder.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009


Tempo
passa
tempo
e eu aqui no mesmo lugar
com os mesmos pensamentos
talvez
esperando as mesmas coisas
talvez
isso seja o que eu queira
ou
o que eu não queira querer
é, é isso
eu quero não querer isso
quero tudo diferente
ou
tudo que eu quero é diferente?


Acordou com uma vontade louca de gritar para o mundo a sua raiva. Levantou e decidiu que aquele não era o momento não era o momento ideal. Gritar! Se olhou no velho espelho, ou era velho o refletido? Já não importava. Correu para debaixo do chuveiro porque a noite passada suara muito, mais que o normal. Abriu o chuveiro e, já ia se meter sob a água, lembrou de pôr alguma música para tocar enquanto tomava banho. Saiu do banheiro descalço e enrolado na sua velha toalha com aparência de nova. Colocou a música e voltou cantarolando alguma coisa ininteligível - ninguém mais precisava entender o que ele cantava, isso o fazia se sentir melhor. Tomou banho, cantou, escovou os dentes, gritou (porque chegara a parte da música na qual o cantor gritava), se arrumou, balbuciou alguma coisa para a avó, algo do tipo "tá bom", que não entendeu devido à sua audição já não ser das melhores (o volume do som já tava no máximo). Tomou o café da manhã e, ia saindo, quando o telefone tocou. "Alô?". Ninguém na linha. "Deve ser engano", pensou, pondo o telefone no gancho. Dirigiu-se à porta e destrancou-a - destravou, também, alguns dos ferrolhos (a avó tinha mania de segurança). Saiu, e ouviu o telefone tocar novamente. Pensou em voltar, mas olhou no relógio e viu que o tempo já não era aliado. A avó atendeu ao telefone. "Alô?! Alô?! Alô?!". Ninguém na linha...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009


-Vem...
-Pra onde?
-Vem, não faz perguntas.
-É bom?
-Já falei pra vir e não fazer perguntas.

(o tempo passa...)

-Demora?
-Não, já estamos fazendo.
-O quê?
-Tentando ser felizes...

terça-feira, 11 de agosto de 2009


E, se com meus amigos eu me distraio e dou gargalhadas, o que tô fazendo me distanciando deles? Se meus amigos me fazem tão bem, por que não consigo querer, no momento, que eles fiquem perto de mim? Se eles tem tanta confiança em mim, por que não consigo depositar tamanha confiança neles?
Minha vida é uma interrogação, mas eu preciso esticar esse pontinho e transformá-lo em alegria, em gargalhadas. Sim, gargalhadas, porque com amigos não tem graça um risinho de canto de boca, um sorrisinho murcho. Gargalhadas, gargalhadas, gargalhadas!
Sou um completo dependente deles, sou viciado nos meus amigos. E nesse período de abstinência, me aparecem os sintomas: desânimo, tristeza, melancolia...
Tento demonstrar força. Mas por dentro dessa carapaça aparentemente intransponível existe um coração mole, maleável, amoroso, carinhoso. Um coração que já foi machucado das mais diversas formas, e que agora sofre os seus traumas de infância. Na fase adulta sente vontade de chorar tudo aquilo que não foi possível. Sinto-me como um castelo de cartas. Frágil. Mexeu, desmorona tudo. Desmorona em formas de lágrimas, indelicadezas, ignorâncias. Mas o castelo se fortalece. Meus amigos são o alicerce. Amigos são o alicerce. Amigos são amigos.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009


Telefone, mensagens, música, telefone, livros. Saudade. Quanto mais tento não pensar nisso, mais forte esse sentimento se torna. Tentar evitar é praticamente impossível, é uma tarefa que já tô desistindo de realizar. Telefone. Dentre todos esses problemas, nossos momentos surgem como lampejos de felicidade na minha cabeça; e eu tento agarrá-los, mas eles se vão. Telefone. Sorrio, mas logo ele se vai e voltam os problemas cotidianos. Saudade. Luto, incessantemente, contra todas as dificuldades, já penso em me entregar. Voltam os pensamentos sobre você. Volta o sorriso. Vão-se os pensamentos, fica o sorriso. Saudade...