sábado, 26 de dezembro de 2009


Parece que existe a vida antes e depois. Antes de não saber o que é o amor e como é amar, e depois, depois de tentar descobrir o que é o amor e tentar aprender a amar. É uma novidade, boa, claro. Indispensável a todas as pessoas que têm coração. Não o órgão vital, mas, o símbolo de amor, e ódio também; esqueçamos esse último, desprezível aos amantes, risível. Os amantes riem à toa, falam besteira e não se importam, dão bom dia gratuitamente, para os seres vivos e os não vivos também, sabem admirar tudo, sabem admirar a natureza, o azul do céu, o dia nublado; admiram, também, as pessoas, merecedoras ou não. Fazem isso espontaneamente e nem cobram nada. Sentem coisas que, para algumas pessoas parecem inexistentes, incapazes de serem sentidas, como sentir um cheiro distante do seu olfato algumas dezenas de quilômetros, um cheiro que fica no inconsciente e só se manifesta nas demonstrações mais puras de amor. Poderiam existir dezenas, centenas, alguns cheiros apenas, mas, aquele guardado, e bem guardado, na sua mente, sempre estará ali, pronto para ser sentido; sentido pelos amantes, é óbvio, porque, para quem não ama, isso é loucura. Ah, os amantes costumam ser loucos também. Fazem coisas impensadas. Se arrependem, às vezes. A minoria das vezes. Conseguem achar bom a pior das coisas; ver beleza onde não existe. Eles também choram. Choram de saudade, de alegria. Também sentem raiva, se zangam, têm seus momentos de tensão. Mas tudo isso passa, a bondade é que fica.

Um comentário:

  1. As coisas só fazem sentido pra quem as sentem. E, eu suspeito, o amor faz com que o mundo todo seja sentido, fique mais claro, ou, exatamente o contrário. Mas, mesmo assim, as pessoas inegavelmente são mais felizes quando amam. Porque, talvez, encontrem um pouco delas mesmas que ainda não conheciam. Belo texto, Yuri. Saudade de estar por aqui, saudade de te ler, saudade de você. :*

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